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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

QUESTÕES DA OBRA SER E TEMPO DE HEIDGGER


O que se entende por “Dasein”?

O homem é, portanto o ente que propõem a perguntar sobre o sentido do ser. Desta forma a posição correta sobre a problemática do sentido do ser, implica em uma resposta daquele ente que se propõem a perguntar sobre o sentido do ser. Esse ente, que nós mesmos já somos sempre e que tem entre as outras possibilidades de ser, HD identifica com o termo Ser-ai (dasein) o ser que esta-ai de pré-sença, procurando o sentido do ser temporal. Dasein para Hd surge como resposta necessário p/ a questão do ser; é um ente que interroga a nos mesmos cada vez mais. Mas também permite reduzir todas as definições tradicionais do homem animal racional, corpo-alma, sujeito-consciência, que é questionado a partir deste traço primordial a relação como ser. Desta forma o dasein não é outra coisa, senão o homem; outro ente como o ser, isto é; com nosso ser próprio como das coisas e dos outros; que diz respeito à humanidade do homem com relação com ser. Além de possuir um privilégio ôntico o qual se trata da ontologia fundamental, que é o único lugar onde podem surgir todas as outras coisas ontológicas; e devem ser necessariamente buscada na analítica existencial do Dasein.Nesse ponto deve ficar atento, pois a palavra existenz não significa existência enquanto realidade. A principio trata-se claramente de um vocabulário ontológico; a existência é o modo do ser do Dasein, é apenas dele, só Dasein existe. Entre todos os seres o Dasein é aquele determinado em seu ser pela existência. Existir implica compreender o ser. Assim o dasein é a condição de possibilidade de todas as outras ontologias.

Porque fala-se em primado ontológico ?

O primado ontico é o fundamento do fundamento. Para HD todo o fundamento, é precedido por um fundamento anterior. É a filosofia que cria os conceitos fundamentais. Por isso é papel da filosofia identificar, compreender e discutir os conceitos fundamentais. Mas para discutir estes conceitos fundamentais é preciso se ater ao primado ôntico, que requer um conhecimento ontológico. Pois para dizer o que é uma coisa; é preciso já de certa forma ter compreensão das coisas. O que HD chama de conhecimento.

Qual é a tarefa da filosofia?

Para HD é a ontologia que garante conhecimentos sólidos; sem o conhecimento ontológico os demais se tornam irrelevante. Por isso que à subordinação do saber cientifico ao saber ontológico. A ciência parte de um fundamento sem mesmo o conhecer. Dado que para Hd todo o fundamento é precedido por um fundamento anterior, que é o primado ontológico; que é o fundamento do fundamento. Para Hd aqui entra a tarefa da filosofia que é buscar o fundamento dos fundamentos. É a filosofia que cria os conceitos fundamentais, por isso é papel da mesma identificar, compreender e discutir os conceitos fundamentais. Mas para discutir estes conceitos fundamentais é preciso se a ter ao primado ontológico que trata de um conhecimento ontológico. Dado que para enfatizar o que é uma coisa, eu tenho que já de certa forma ter uma pré-compreensão das coisas o que Hd chama de conhecimento hermenêutico. Neste caso o primado tem o sentido de vir antes como fundamento dos fundamentos

O que é o ontico?

O ôntico se refere ao que é factual. Ou seja; a mesa é ôntica, a árvore é ôntica; as pessoas são ônticas etc. O ôntico são aquilo que existe que é concreto que pode ser visto, medido, pesado etc. Para entender e fazer uma investigação do primado ôntico só é possível apartir da concretude factual do ente. È claro que a investigação do ser exige um passo chamado “passo transcedental”. Esse ente que é investigado é um ente que existe; e existir é se colocar no jogo da existência. Por isso que o SH tem algo a mais do que os animais, pois estamos determinados a compreender, podemos não compreender, mas se quisermos podemos; pois o Dasein que investiga e que interroga e que pode entender a questão ontológica; pois ao dasein esta aberto a possibilidade ontológica.

Qual a diferença entre existência, existênciário e existencial?
A cadeira existe, mas não tem existência. Já a existência é a forma do ser com a qual o Dasein se comporta, ou dessa ou daquela maneira. Sempre se compreende a si mesmo a partir de uma existência; o cristão se compreende por causa da sua existência dentro do cristianismo. A questão da existência só pode ser esclarecida pelo próprio existir. A compreensão existênciaria é quando se faz uma análise das estruturas ex: o mundo da natureza, do meio ambiente, acadêmico etc. Mas quando analiso o mundo a qual todas as estruturas estão dentro dele; é desta forma uma analise existencial.

E como se chega ao primado ôntico – ontológico?

Para fazer a investigação do primado ôntico; só é possível a partir da concretude factual do ente. O ente que eu investigo é um ente que existe; esse existir; é se colocar em jogo de existência. Neste Caso os SH têm algo a mais do que os animais. Estamos determinados a compreender. Podemos não querer compreender, mas se quisermos podemos. Assim o ser humano é o Dasein que investiga, é ele que pode entender a questão ontológica. Pois está aberto há ele a possibilidade ontológica; já existe uma pré- determinação. Essa compreensão do ser como ser ontológico, implica que para ser tem que saber ser. Esse saber ser, busca a compreensão da pré-ontologia. Primado ôntico: Determinado pela existência, ou seja, o Dasein precisa existir em fato factual para que possa a sua existência ser determinada. Primado ontológico: É a condição de possibilidade de todas as ontologias. É preciso existir onticamente antes de existir.


Porque a compreensão pré-ontológica é insuficiente para se compreender o dasein?

É insuficiente; porque a interpretação pré-ontológica do seu ser que lhe é próxima pudesse servir de fio condutor adequado, como se tal compreensão do ser tivesse de nascer de uma reflexão ontológica e temática sobre sua constituição ontológica mais própria. Neste caso o primeiro acesso a compreensão esta no modo de ser que é constituído, a pré-sença tem a tendência de compreender seu próprio ser a partir daquele ente com quem ele se relaciona e se comporta de modo essencial. E na própria pré-sença que reside à compreensão do ser, reside o que ainda de-mostramos como a repercussão ontológica da compreensão do mundo sobre a interpretação da presença.

Qual a diferença entre “mundo” com aspas e mundo sem aspas?

O “mundo” com aspa é um mundo o qual eu me compreendo como ser. Por exemplo, mundo acadêmico, mundo cristão, mundo ateu, mundo político etc. O mundo sem aspa diz respeito a estruturas fundamental que existe em todo e qualquer mundo.Desta forma o “mundo” com aspa é o mundo existênciário. O mundo sem aspa é o mundo existencial. o “mundo” com aspa, existem diferentes modos se ser.
Já no mundo sem aspa existe o ser (Dasein) no mundo. O ser do Dasein é sempre no mundo existencial.

Qual a diferença entre temporal e temporária?

A temporalidade de Dasein é localizar o Dasein no tempo e espaço, que significa agora, antes, depois etc.Dasein tempo ( Zeitichkeit); Ser tempo ( Temporalitat). Na pagina “tempo” entre aspa é o tempo factual da tradição filosófica que é o (ôntico). Mas para HD o tempo é ontológico.“Temporal” no tempo.
Temporária determinação originária do tempo enquanto sentido do ser.

Qual a diferença entre historicidade e facticidade histórica?

Temporalmente o Dasein é pensado em um ser que tem uma história. Para o Dasein já tem uma possibilidade de história que se dá no passado, presente e futuro. ““A historicidade do Dasein se dá através da “ acontencialidade do Dasein”. O dasein é literalmente um ser em que acontece que existe; é sempre acontecimento. Por ser sempre acontecimento, eu posso marcar fato.Há dois sentidos da história. Primeiro: o pessoal: que é o de “acontecialidade”, ou a estrutura de todos os acontecimentos. Se eu não pudesse acontecer na minha acontencencialidade não poderia acontecer.Segundo: E a história factual: Dado em fatos e acontecimento na história ex: revolução industrial.O Dasein ele é sempre; ele não é um fato passado. [pg. 48] Por ele ser um acontecimento; e não ser factual; ele não esta no tempo; ele é tudo isso agora; porque acontecialidade e historicidade são primeiro do que a factualidade.

Porque a compreensão pré-ontológica é insuficiente para se compreender o dasein?

É insuficiente; porque a interpretação pré-ontológica do seu ser que lhe é próxima pudesse servir de fio condutor adequado, como se tal compreensão do ser tivesse de nascer de uma reflexão ontológica e temática sobre sua constituição ontológica mais própria. Neste caso o primeiro acesso a compreensão esta no modo de ser que é constituído, a pré-sença tem a tendência de compreender seu próprio ser a partir daquele ente com quem ele se relaciona e se comporta de modo essencial. E na própria pré-sença que reside à compreensão do ser, reside o que ainda de-mostramos como a repercussão ontológica da compreensão do mundo sobre a interpretação da presença.