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JOHN LOCKE

"todos os homens, que, sendo todos iguais e livres, nenhum deve prejudicar o outro, quanto à vida, à saúde, à liberdade, ao próprio bem". E, para que ninguém empreenda ferir os direitos alheios, a natureza autorizou cada um a proteger e conservar o inocente, reprimindo os que fazem o mal, direito natural de punir"

FRIEDRICH HAYEK

“A liberdade individual é inconciliável com a supremacia de um objetivo único ao qual a sociedade inteira tenha de ser subordinada de uma forma completa e permanente”

DEBATES FILOSÓFICOS

"A filosofia nasce do debate, se não existe a liberdade para o pensar, logo impera a ignorância"

A Filosofia é.....

"Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir". Descartes

LIBERDADE

"Liberdade, Igualdade , Fraternidade. Sem isso não há filosofia. Sem isso não há existência digna.

"Nós temos um sistema que cobra cada vez mais impostos de quem trabalha e subsidia cada vez mais quem não trabalha"

LUDWING V. MISES

"O socialismo é a Grande Mentira do século XX. Embora prometesse a prosperidade, a igualdade e a segurança, só proporcionou pobreza, penúria e tirania. A igualdade foi alcançada apenas no sentido de que todos eram iguais em sua penúria"

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

APORTES DA MORALIDADE KANTIANA

A ação moral propostas por Kant na FMC não se constitui meramente de uma conformidade com o dever. A conformidade com o dever demonstrará apenas a legalidade da ação. Para que a ação seja moral na perspectiva de Kant a ação deve ser determinada pelo conceito de dever "que contém em si o de boa vontade" ( FMC, I § 8, p. 112). Desta referida proposição citada, o que se pode inferir é que a ação moral não pode ser constatada na ação, mas somente em seu fundamento determinante do querer. Portanto o fundamento da ação moral situa-se na autonomia da vontade, que não é outra coisa afirmar que o sujeito é capaz de ser autônomo.
Para que essa vontade seja autônoma não deve provir de uma fonte externa mas da própria razão a priori como afirma Kant: “todos os conceitos morais têm sua sede e origem completamente a priori na razão” (FMC, II §10, p. 122).Por esta razão Kant tratará na FMC que ação moral não deve ser pressuposta como fundamento da lei moral, mas deve ser deduzido da lei moral; e que o objeto da vontade deve ser determinado pela vontade em si, antes que a vontade pelo objeto para a possibilidade da autônima da vontade constituir o fundamento da moral.
Apresento aqui o conceito de "Dever" e "Boa vontade" através de uma reconstrução analítica da filosofia moral kantiana, ainda que apenas em aspectos gerais a partir da obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes[1]. O que Kant propõem é uma distinção extremamente purificada do dever como uma necessidade prática incondicional da ação a qual deve ser válida para todos os seres racionais sensíveis. Através do conceito de dever e da boa vontade tem como objetivo mostrar que apenas uma ação por dever pode ser legitimamente qualificada como moral.
Essa moralidade tem sua origem naquilo que é comum a todos os seres racionais, a saber: na lei moral. Sejam eles seres racionais perfeitos ou imperfeitos. A ação moral propostas por Kant na FMC não se constitui meramente de uma conformidade com o dever. A conformidade com o dever demonstrará apenas a legalidade da ação. Para que a ação seja moral na perspectiva de Kant; a ação deve ser determinada pelo conceito de dever" que contém em si o de boa vontade" ( FMC, I § 8, p. 112). Desta referida proposição citada o que se pode inferir é que a ação moral não pode ser constatada na ação, mas somente em seu fundamento determinante do querer.
Por esta razão, Kant tratará na FMC que ação moral não deve ser pressuposta como fundamento da lei moral, mas deve ser deduzido da lei moral e que o objeto da vontade deve ser determinado pela vontade em si, antes que a vontade pelo objeto para a possibilidade da autônima da vontade constituir-se o fundamento da moral. Para Kant aquilo que é uma ação moral deve ser moral para todos os seres racionais. O valor desta ação moral esta, nas máximas: “O critério supremo de determinação do valor moral das máximas (segundo as quais nós agimos) é dado pelo imperativo categórico, princípio de qualquer imperativo de dever, cujo enunciado é: “Age apenas segundo uma máxima tal que tu possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universa” (FMC, II § 31, p. 130).




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[1] KANT, Immanuel. (FMC): Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad de Paulo Quintela. São Paulo. Abril Cultural, 1980.

VIDA E MORTE NA FILOSFIA DE SÓCRATES

“Conhecer a ti mesmo”. Esta é uma afirmação da maturidade filosófica de Sócrates desde seu encontro com oráculo de Delfos. Tal conceito mudaria totalmente a vida e a maneira de fazer filosofia na Grécia; pois Sócrates deixando a linhas dos naturalistas na busca de algo a mais se concentra definitivamente os seus interesses na problemática do homem. Sobre esta problemática os conceitos os mais variados se aforam inclusive o de “Vida e Morte”. A tentativa de entender os conceitos “Vida e Morte” se faz necessário conceituar como Sócrates via o homem. Giovanni Realle enfatiza a seguinte visão antropológica de Sócrates; “O homem é a sua alma: enquanto é precisamente a sua alma que o distingue especificamente de qualquer coisa. E por alma Sócrates entende a nossa razão e a nossa atividade de pensante e eticamente operante “.

A alma segundo que subentende para Sócrates é o consciente, ou seja, a consciência e a personalidade intelectual e moral. Uma vez descoberto que o homem é sua alma; a mesma se torna a parte principal a qual o homem deve cuidar com grande rigor, para que o homem possa conhecer a ti mesmo. É evidente que, se a essência do homem é a alma, cuidar de si mesmo significa cuidar da própria alma mais do que do corpo. E ensinar os homens cuidarem da própria alma é a tarefa suprema do educador, precisamente a tarefa de Sócrates considera ter recebido do oráculo como se lê na apologia: “ Que é Isto (...) é a ordem do oráculo. Estou persuadido de que não há para vós maior bem na cidade do que esta obediência ao oráculo. Na verdade, não é outra coisa o que faço nestas minhas andanças a não ser persuadir a vós jovens e velhos. De que não deveis cuidar apenas do corpo, nem das riquezas, nem de qualquer outra coisa antes a mais do que da alma, de modo que ela se torne ótima e virtuosíssima e de que não é das riquezas que nasce a virtude, mas da virtude que nasce a riqueza e todas as outras coisas que são bens para os homens, tanto individualmente para os cidadãos como para o Estado.

De acordo com Giovanni Reale para Sócrates, é da virtude que nasce a riqueza e todas as outras coisas que são boas para o homem. Dentro de uma abordagem conceitual; para Sócrates a vida só pode ser definida e verdadeiramente vivida através da virtude. Em grego, aquilo que chamamos de virtude se diz Arete, significa aquilo que torna uma coisa boa e perfeita naquilo que é, ou melhor, ainda significa aquela atividade ou modo de ser que aperfeiçoa cada coisa, fazendo ser aquilo que deve ser” . Segundo Giovanni Reale para Sócrates a virtude pode ser definida da seguinte maneira“ Conseqüentemente, a virtude do homem outra não pode ser se não aquilo que faz com que a alma seja tal como sua natureza determina que seja, ou seja boa e perfeita” .

Sobre este conceito subjuga-se que o oposto da virtude seria então a não-virtude que conseqüentemente seria identificado como algo ruim e imperfeito. Todavia sendo este algo ruim e conseqüentemente imperfeito seria explicado etimologicamente através do conceito “vicio”. O conceito de vicio por sua vez seria a privação do homem sobre a ciência ou conhecimento, vale dizer a ignorância. O homem sem a virtude seria então conseqüentemente ignorante, o qual desprovido do conhecimento da alma e de sua essência, conceituaria os valores externos como certo. Sobre estes valores Reale relata que: Os verdadeiros valores não são aquele ligado ás coisas exteriores como riqueza, poder, fama e tampouco os ligados ao corpo, como a vida, o vigor a saúde física e a beleza, mas somente os valores da alma que se resumem os conhecimentos. “Naturalmente, isso não significa que todos os valores tradicionais torna-se desse modo “ desvalores” significa simplesmente, que “ em si mesmos, não têm valor” . Eles só se tornam ou não valores se forem usados como “conhecimentos” exigem, ou seja, em função da alma e de sua “ arete”.

Diante de tal definição, subjuga-se que a morte para Sócrates seria supostamente viver uma vida na ignorância, longe de uma natureza boa e perfeita; fazendo de valores externos a essência da vida. Em relação a esta suposta conceituação do conceito de morte para Sócrates a uma possibilidade de compreender a decisão de Sócrates em ficar tranqüilo diante da sentença de morte no texto da apologia. Visto que uma vez que Sócrates se declara culpado e renunciasse e retrata-se pedindo clemência; mesmo sabendo que esse seria a única possibilidade de permanecer vivo; Sócrates não exitou a isso, por saber que a o maior bem para um homem é justamente este, falar todos os dias sobre a virtude e argumentando sobre o raciocinar, examinando a si mesmo e aos outros, e, que uma vida sem esse exame não é digna de ser vivida.

A morte seria o melhor caminho, um a vês subentendido que a verdadeira morte para Sócrates consiste em viver uma vida longe da virtude conseqüentemente sem honra, por isso Sócrates afirma “Morrer é uma destas duas coisas: ou o morto é igual a nada, e não sente nenhuma sensação de coisa nenhuma; ou, então, como se costuma dizer, trata-se duma mudança, uma emigração da alma, do lugar. Se não há nenhuma sensação, se é como um sono em que adormecido nada vê nem sonha, que maravilhosa vantagem seria a morrer” .

O conceito de virtude como base para a vida, pode ser fortalecido com outro conceito o qual ajudaria a definir o conceito de vida e morte para Sócrates. Entende-se que através do conceito autodomínio; que seria uma capacidade que homem tem de manter o controle sobre si mesmo e do prazer, da dor e das paixões, coisas que o homem ignorante (não-vituoso) não as vê como vícios. Autodomínio, ou seja, do domínio de si mesmo nos estados de prazer, dor e cansaço, no vigor das paixões e dos impulsos: “Considerado o autodomínio como base da virtude, cada homem deveria procurar tê-lo”. Substancialmente, o autodomínio significa domínio de sua racionalidade sobre a sua própria animalidade, significa tornar a alma senhora do corpo e dos instintos ligados ao corpo. Conseqüentemente, pode-se compreender perfeitamente que Sócrates tenha identificado expressamente a liberdade com esse domínio da racionalidade sobre a animalidade. O verdadeiro homem livre é aquele que sabe dominar os seus instintos, o verdadeiro homem escravo é aquele que não sabendo dominar seus instintos, torna-se vítima deles.

Dado esta autonomia que o homem pode alcançar através da racionalidade; o verdadeiro homem livre (vida) como afirma Reale é aquele que sabe dominar seus instintos ao passo que homem escravo seria aquele que não sabe dominar seus instintos (morte) deixando ser dominados por eles. Portanto pode conceituar que a vida para Sócrates seria a realização de uma existência liberta da ignorância; visto que não há lógica para Sócrates viver uma vida dominada pelos instituis; pois os que assim os fazem são escravos, o que mostra que não há possibilidade de viver a vida como escravo, mas apenas o homem livre através da virtude e do auto domínio poderá viver a verdadeira vida.

Finalizando, como já foi enfatizado, Sócrates identifica que a essência do homem é a alma, cuidar de si mesmo significa cuidar da própria alma. E ensinar os homens a cuidarem da própria alma é a tarefa suprema do educador, precisamente a tarefa de Sócrates considera ter recebido do oráculo. Para Sócrates o método para educar a alma do homem e fazê-lo deixar a vida de ignorância ( morte) para viver a vida virtuosa, seria a “maiêutico” onde Sócrates levava o intelecutor a reconhecer a sua própria ignorância. Através da maiêutica simplesmente pergunta; não ensina; quer aprender. Seu pensamento parece desprovido de conteúdo. Se, porém não há, ensinamentos ele propõe algo. Destruindo as respostas fáceis dos intelecutores mostra que o pensamento deve ser mais prudente. Se as respostas saem fácil é porque as pergunta foram mal formulada, e apenas contorna o problema.

O que Sócrates faz é formular perguntas, adequadas, isto é, um método de investigação que encaminhe o pensamento em direção à essência das coisas sem desvios; a maiêutica pode ser definida: Primeiro ele (Sócrates) forçava uma definição do assunto sobre o qual se centrava investigação; depois, escavava de vários modos a definição fornecida, explicativa e destacava as carências e contradições que implicava; então, exortava o interlocutor a tentar uma nova definição, criticando-a e refutando-a com os mesmo procedimentos; e assim continuava procedendo, até o momento em que o intelecutor se declarava ignorante (... Mas, da mesma forma que a mulher que está grávida no corpo tem necessidade da parteira para dar à luz, também o discípulo que tem a alma grávida de verdade tem necessidade de uma espécie de arte abstétrica espiritual que ajude essa verdade a vir à luz – e nisso consiste exatamente a maiêutica socrática.

Deste processo da maiêutica surge à virtude, conhecê-la torna-se, principal objetivo do verdadeiro conhecimento, só pratica o mal quem ignora o que se seja a virtude. E quem tem o verdadeiro conhecimento só pode agir bem. Desde modo o conhecimento e a virtude tornam-se sinôminos. Através da maiêutica Socrática as questões morais deixam de ser tratadas como convenções baseadas nos costumes as quais se modificam conforme as circunstâncias e os interesses, para se tornar problemas que exigem do pensamento uma elucidação racional. Nesse sentido, Sócrates seria o fundador a ética.

TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA

Em 1981 Habermas publica a sua teoria da ação comunicativa, com o propósito de investigar a razão, dando a ela um novo conceito: A razão comunicativa. Para Habernas a teoria da ação comunicativa fundamenta-se na ética discursiva, em que os argumentos são justificados mediante a participação de um discurso publico.Nas palavras de Habermas ele diz “ que é possível que através da ação comunicativa reconstruir o que a razão instrumental destruiu. Em sua teoria da ação comunicativa Harbenas parte do principio de que os homens são capazes de ação, utilizar a linguagem para se comunicarem com seus pares. Buscando chagar a um entendimento. Segundo o próprio Habermas a obra tinha com uma as finalidades desenvolver um conceito de racionalidade comunicativa que substituísse a razão instrumental.

Através da teoria da ação comunicativa a idéia de razão instrumental ( Clássica) é reformulada em termos da razão comunicativa. Através de relações intersubjetivas, nas quais pela interação de dois ou mais sujeitos, os mesmos buscam entender-se sobre determinados assuntos ou objetos a fim de compreendê-los. Das relações intersubjetivas é que se permite discernir a universalização dos interesses numa discussão. Desta forma a racionalidade passa a ser vista como uma fonte inspiradora nas ações humanas, visando à emancipação das normas e um maior entendimento do mundo.

A teoria da ação comunicativa caracteriza pelo fato razão que se comunica; e não uma razão instrumental que massifica e aliena. Segundo Habernas, o que significa dizer que dois ou mais sujeitos se entendem entre si? Em que circunstância dizemos ter chegado a um entendimento com alguém? È quando há um processo de obtenção de um acordo. Esse acordo não pode ser por coincidência de idéias, ou forçado; mas um acordo só é aceito como validade; pelos participantes quando é conseguido comunicativamente. Por isso para analisar a teoria da ação comunicativa deve ser analisada a atitude dos participantes da comunicação. A teoria da comunicação só pode acontecer pela via dos atos de fala. Desta forma a Teoria da ação comunicativa necessita apoiar-se em uma investigação pargamatica da linguagem.

Nesse contexto a linguagem torna-se um ponto de destaque em sua teoria. A linguagem do ponto de vista habermasiano; é concebida como o elo de interação entre indivíduos; como a forma de garantir um processo democrático nas discussões coletivas, onde através de argumentos e contra argumentos, livres de coerção o sujeito buscam conseguir acordos. Segundo a comentadora Mariana Velasco “A teoria da ação comunicativa” tem um aspecto teleológico; que busca uma finalidade.


Sujeito (1) Finalidade
sujeito(2) (Entendimento)

Desta forma como afirma Habermas “ é preciso admitir que os sujeitos têm a capacidades através da ação comunicativa de propor fins; e de agir guiados por esse interesse. O conceito de ação comunicativo alude a um tipo de ação mediada pela comunicação. Onde a linguagem é o meio de comunicação que serve ao entendimento, em que os sujeitos se entendem entre si para coordenar suas ações. A chave do conceito da teoria da ação comunicativa está na idéia de que a comunicação força a observar determinadas regras; para que a intenções e decisões do sujeito; não venha se impor sem razão. A teoria da ação comunicativa trata-se de um agir “orientado pelo entendimento”, que lavam os sujeitos a se convencerem de sua validade, chegando a um acordo.

Por final para Habermas, a ação comunicativa acontece apartir da relação intersubjetivas entre os sujeitos, num discurso sem violência, permitindo desta forma realizar o entedimento entre as partes. A teoria da ação comunicativa permite uma socialização sem repressão e que conduz a um livre reconhecimento por partes dos sujeitos envolvidos.

SOFISTAS

Na preeminência da palavra como base da polis, só havia lugar na política para aquele que argumentava melhor. Diante disso surgem os sofistas que tiveram um terreno propicio para atuar através da arte da retórica. Os sofistas era muito mais um modo de educar; por isso foram considerados os fundadores da ciência da educação. Era um grupo de mestre que por um determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. A palavra era de ilimitada confiança, e que importava saber usar corretamente para vencer o oponente. Por isso o estudo da retórica era o mais importante. Era uma espécie de arma política. Quem soubesse servir-se dela nas praças públicas, tinha condições de galgar maiores êxitos. Os sofistas acreditavam que nada era permanente ou absoluto. As essências das coisas são mutáveis e contingentes. O mesmo acontece com as normas morais, que variam conforme o desenvolvimento da sociedade, e por isso são relativas.

“Protágoras enfatizou “que “ O homem é a medida de todas as coisas”. É no homem que reside à possibilidade de dar sentido ao mundo; por isso tudo é frágil e precisa constantemente estar sendo construída. Para os sofistas não existe uma verdade absoluta, mas o que existe são verdades. Não existe uma verdade única; anterior a mim que rege tudo desde começo e para sempre. O que existe é o ser humano; que dentro de um contexto existencial ele precisa viver em sociedade; mas para isso será necessário estabelecer valores, regra, normas com a finalidade de proporcionar a convivência do ser. Mas tais regras e valores não advêm da divindade, de um principio único e absoluto, ou de qualquer outra fonte; mas vêm da necessidade de poder construir uma existência com sentido. Para os sofistas a verdade não existe; e se existe não pode ser compreendida, pois não podermos enunciá-la através da linguagem. Não há verdade apriori; o que existe é a verdade posteriori que atribui às coisas verdades através da linguagem, sendo a retórica o método de persuasão.

Os sofistas surgem exatamente no momento de passagem da tirania para a oligarquia democrática são mestre da retórica e viajavam todo o estado fornecendo seus ensinamentos, suas técnicas e habilidades para os governantes e político em geral. Embora os sofistas não tenham uma doutrina sistematizada existe uma Paidéia nos sofistas que preparavam o cidadão para o exercício da vida política.

WITTGENSTEIN E A LINGUAGEM

1. Explique o que é a visão agostiniana de linguagem (§ 1-3)

Na visão agostiniana o significado é associar a palavra aos objetos que esta sendo referido, e a significação dão forma da linguagem. A visão agostiniana enfatiza que a linguagem PE subjetiva e as palavras da linguagem denominam os objetos. Em cada palavra tem uma significação, essa significação por sua vez só é possível se estiver relacionada com a palavra. Desta forma para Agostinho cada palavra tem uma significação.

2. Explique o que é um jogo de linguagem ( § 2-7-23)

Para Wittgenstein nas investigações filosóficas os jogos de linguagens não é um único jogo, mas sim muitos. Desta forma não há apenas um forma de linguagem mais existem várias. Com os jogos de linguagens fazemos coisa, não apenas apresentamos coisas, mas agimos no mundo. Este jogo de linguagens não se fecha estão abertos. Por esta causa Wittgenstein enfatiza não “pense” , mas “veja” ; ou seja não tente explicar; pois para Wittgenstein a filosofia busca tentar mostra como funciona cada jogo de linguagem; pois cada jogo de linguagem além de não pode descrever tudo é uma possibilidade. Para Wittgenstein a essência do objeto é dada pelo seu uso determinado pela gramática. Porque a essência para Wittgenstein não é dado pelos objetos, mas pelo uso dos jogos de linguagens. Desta forma o que uma coisa é; é determinado pela gramática. O jogo de linguagem envolve muito mais que a gramática e o objeto, todo o contexto tem participação. Para Wittgenstein os jogos de linguagens é todo o processo de uso da linguagem; por isso esta relacionado com ação, ou seja, práxis; sendo o conjunto de atividades, que permite a dinâmica das palavras, pois a linguagens não se separa da ação.

3. O conceito de forma de vida (§ 19- 20)

Os jogos de linguagens fazem parte de uma forma de vida. A forma de vida é um pano de fundo, ou seja, a linguagem ela se dá sobre um arcabouço a qual se desenvolve os jogos de linguagem. O sujeito se constrói dentro de uma forma de vida. As representações naturais como hábito, costumes, instituições, visão de mundo é o que proporciona a base para a forma de vida, constituindo um pano de fundo em que desenvolve os jogos de linguagem. Destas formas de vidas existem regras as quais dão condições para todo jogo de linguagens. Assim as formas de vida são os fundamentos dos jogos de linguagens.

4. §- 11 Diferentes funções das palavras “idéias” de emprego e § 12- comparação com as alavancas de umas locomotivas.

A função de nomear é inúmeras, o que mostra que existe diferentes funções. O que tem que buscar é o emprego da palavra e a sua função. Essa função tem conotação de dizer o que fazemos com as linguagens. Desta forma as palavras são empregadas para usar as ações. A função é como as alavanca de uma locomotiva, apesar de ser igual cada uma tem sua função; uma freia, outra acelera e outra para. Desta metáfora Wittgenstein atribui que as palavras podem ser iguais, mas pode ocupar papeis diferentes dentro dos jogos de linguagens. Agostinho, Russel e Frege tentaram explicar a linguagem em um único uso generalizar; o que Wittgenstein faz no tractatus, mas depois reviu nas investigações. Assim as diferentes funções das palavras se da através dos jogos de linguagens. Uma palavra pode ser usada em diferente sentido, dada cada jogo de linguagens em que a palavra está inserida.

5. § 28- 33 Insuficiências de definição ostensiva para instituição do significado.

Definição ostensiva é apontar a coisa e definir a coisa. Esta definição ostensiva é uma percepção, ou seja, é um conhecimento prévio, que tem como finalidade servir para elucidar o uso. Ou seja, o sujeito já deve ter uma compreensão de um conhecimento primitivo da linguagem para que haja a elucidação do objeto. A definição é insuficiente, porque ela depende de um conhecimento prévio da linguagem e significado. É preciso que o sujeito já saiba que aspecto define a palavra dentro do devido jogo de linguagem.

6. § 43 A significação de uma palavra e seu uso na linguagem.

A significação é o seu uso na linguagem. Assim a linguagem significativa é aquela que corresponde ao objeto que tem significado. Só posso querer dizer algo quando estou dentro de um jogo de linguagem, pois somente dentro de um jogo de linguagem e que posso fazer algo.
7. § 39-48-54-59-60 Simples - composto - complexo

8. § 53-67 Relação uso - regras – significação

Os jogos de linguagens não é um jogo só com as palavras, mas também implica em ter regras que ordene dando sentido e significado. A significação se dá quando há regras de uso para as palavras. Essas regras não são um uso que qualquer um pode fazer justo. Para que uma palavra seja usada significativamente e ter sentido; é necessário ter regras. Essas regras são públicas. Dizer que eu tenho uma regra; é dizer que existe um critério para o uso da expressão

9.§ Semelhança de família.

Na semelhança de família tudo é linguagem, mas de formas diferentes. Wittgenstein ele valoriza as diferenças. Essas diferenças não implicam em dar uma definição, sendo que a Semelhança de família existe semelhanças e dessemelhança. Não dá para definir o que é jogo de linguagem, uma vez que nos jogos de linguagens tem várias possibilidades, mas dá para compará – los por ter parentesco. Cada jogo de linguagens é diferente, mas se pode dizer que entre os jogos de linguagens existe uma semelhança de família, ou seja, todos se aparentam de alguma forma.


9. § Explicação TRCTATUS XX DESCRIÇÃO DO USO NAS INVESTIGAÇÕES

O tractatus é uma tentativa de buscar uma essência da linguagem para explicar. No tractatus o mundo está dado, mas a forma com a qual nos identificamos esse mundo é constituída através da linguagem. Desta forma no Tractatus o mundo determina a linguagem, e cada palavra está correspondendo com um objeto no mundo, apresentando uma linguajem universais. A virada lingüística do tracatatus para as investigações filosóficas é que existe mais de uma regra única da linguagem. Agora na investigação filosóficas fala-se dos jogos de linguagens. O trabalho do filósofo não é mais estruturar as estruturas lógicas, mas sim as regras gramaticais lógicas.

SOBRE O SER E TEMPO DE HEIDEGGER

O que é o ser?

Para Hd a pergunta o que é o ser é fútil, e de compreensão vazia.Hd compreende que o problema do ser esta na definição dos termos ( problemas lingüísticos) pois a linguagem é um tesouro, com a qual pode-se encontrar o problema do ser. Hd aponta o caminho o qual pretende percorrer para buscar entender o que é o “ser” Hd busca da origem histórica a necessidade de se fazer uma genealogia de três princípios que se constitui como obstáculos a toda ontologia que Hd chama de pré-conceito. Os três obstáculos da ontologia 2º Hd são universalidade, indefininibilidade e evidência. Para Hd o primeiro passo para tentar compreender o ser; é definir o conceito, pois não pode definir uma palavra sem começar por ela. A questão para entender o que é o ser de desdobra em três pólos: 1º O que é questionando ( o próprio ser ) 2º O interrogado (ente-dasein) 3º procurando ( o sentido do ser- ser temporal ). A questão o que é o ser só será respondida por aquele que interroga, questiona. Desta forma Hd diz que este ente que interroga possui a possibilidades de fixar a terminologia Dasein, que se torna a porta de entrada do ser e tempo.

O que se entende por “Dasein”?
O homem é, portanto o ente que propõem a perguntar sobre o sentido do ser. Desta forma a posição correta sobre a problemática do sentido do ser, implica em uma resposta daquele ente que se propõem a perguntar sobre o sentido do ser. Esse ente, que nós mesmos já somos sempre e que tem entre as outras possibilidades de ser, Hd identifica com o termo Ser-ai (dasein) o ser que esta-ai de pré-sença, procurando o sentido do ser temporal. Dasein para Hd surge como resposta necessário p/ a questão do ser; é um ente que interroga a nos mesmos cada vez mais. Mas também permite reduzir todas as definições tradicionais do homem animal racional, corpo-alma, sujeito-consciência, que é questionado a partir deste traço primordial a relação como ser. Desta forma o dasein não é outra coisa, senão o homem; outro ente como o ser, isto é; com nosso ser próprio como das coisas e dos outros; que diz respeito à humanidade do homem com relação com ser. Além de possuir um privilégio ôntico o qual se trata da ontologia fundamental, que é o único lugar onde podem surgir todas as outras coisas ontológicas; e devem ser necessariamente buscada na analítica existencial do Dasein. Nesse ponto deve ficar atento, pois a palavra existenz não significa existência enquanto realidade. A principio trata-se claramente de um vocabulário ontológico; a existência é o modo do ser do Dasein, é apenas dele, só Dasein existe. Entre todos os seres o Dasein é aquele determinado em seu ser pela existência. Existir implica compreender o ser. Assim o dasein é a condição de possibilidade de todas as outras ontologias.

2.Por que ser e tempo?Ser e tempo trata-se de uma elaboração de Hd para buscar uma explicação para o problema do sentido do ser. Entretanto o problema do sentido do ser implica em um pergunta: qual é o sentido do ser? Para Heidegger é na relação entre ser e tempo é que ocorreu a má formulação da questão a respeito do ser.

3.O que significa ser e tempo? Significa que “ser é tempo”.
4.O que significa dizer que caímos em aporia? Significa dizer que nós não conseguimos, por uma impossibilidade lógica (não gramatical), definir o que é o ser. A questão em si incide em equívoco: não se pergunta o que é o ser, mas o que ele significa. A questão “que é o ser?”, segundo Heidegger, nunca foi posta pelos gregos, eles perguntaram:a)se havia diferença entre o ser e o ente;b)o que é o ente e não o que é o ser. c)o que é o ente e o que significa o ser. Nós em razão de equívocos na tradução do grego para o árabe, do árabe para o latim, interpretamos e traduzimos como “ser”, o que era “ente”, o que nos levou a um estado de aporia.

1. O que trata-se de fazer e o que isso significa?Trata-se de fazer uma re-elaboração da questão, para perguntar corretamente qual o sentido do ser? A resposta provisória de Heidegger será que “ser significa tempo”. Vamos fazer o seguinte: vamos colocara questão e não perguntar o que é o ser, mas o que ele significa. A definição deve ser colocada para os entes, porque eles são temporais, o ser é tempo, ele é também o tempo, então o ser não está dentro do tempo, ele é o tempo, então ele não pode ser definido.

2. Qual o horizonte de investigação a qual o livro se propõe? por quê? O livro se propõe à investigação no horizonte do tempo, porque nós, como seres humanos (“entificados”), somos entes e estamos dentro do tempo; então vamos verificar, vamos investigar, responder a pergunta que significa o ser dentro da perspectiva temporal, dentro do tempo; esse é o nosso horizonte, é uma “limitação nossa”, nós estamos no tempo, portanto só podemos saber o que o ser significa dentro dele. Por que há uma necessidade de uma repetição explícita da questão do ser:Primeiro motivo: esquecimento. A questão foi esquecida porque não se perguntou mais depois dos gregos o que significa o ser.


• Segundo motivo: mal formulação pela tradição. A questão com a qual nos debatemos na extrema tradição filosófica está mal colocada, perguntamos o que é o ser, porém os gregos apenas perguntaram o que é o ente, nunca o que é o ser.
• Terceiro motivo: precisamos invetigá-la. Se a questão não foi posta corretamente, então precisamos, depois de adequá-la, tentar respondê-la. É possível responder qual o sentido do ser. Muita coisa foi dita mas esta questão ainda está para ser investigada
• Quarto, quinto e sexto motivo. Ademais, Heidegger rebate aquelas três concepções tradicionais da questão do ser, quais sejam, (1)que o ser é o conceito mais universal e, portanto mais claro; (2) que ele é indefinível e (3)que ele é um conceito mais evidente.

• O conceito de ser é o mais universal. Heidegger diz que ele não universal, não é um conceito mais universal porque ele não pode ser visto sob a perspectiva de gênero e espécie. O ser não é o gênero mais universal, ele é o universal, então, é equivocado dizer que o ser é o ente mais amplo, pois ele não é ente, isso seria entificá-lo. Então, na condição de universal, por ser universal ele não é conceito mais genérico, mais ele é o universal, totalmente universal, ou seja, ele não é comparável a nenhum conceito por mais universal que seja. Na verdade, a questão do gênero ultrapassa a questão do ser e a questão do ser ultrapassa a questão do gênero e da espécie.
• (2)O conceito de ser é indefinível. Com isso Heidegger concorda, mas Heidegger faz a critica no sentido que embora seja o ser seja indefinível, esse ponto não nos dispensa da necessidade de perguntarmo-nos a respeito do sentido dele.
• (3)O conceito de ser é o mais evidente. Heidegger demonstra que na verdade ele não é o mais evidente. Todo mundo o usa até para conceituar qualquer ente: quando conceituamos o ente, estamos já subentendendo o conhecimento do ser. Ao dizer “João é ser humano”, predicamos o sujeito João por meio do verbo “é” (o ser); por trás disso a questão do ser que está expressa no verbo “é”.


3. Por que o ser ainda deve ser questionado?Porque a impossibilidade de dizer o que o ser é exige-nos ao menos responder o que ele significa, ou seja, essa impossibilidade de dizer o que o ser é exige de nós que respondamos ao menos o que ele significa dentro da nossa perspectiva temporal, do nosso horizonte de tempo.


4. O que se pergunta na questão?Pergunta-se sobre o ser.

5. O Que se encontra?Encontra-se o sentido do ser.

6. O Que ou quem se interroga?Interrogam-se os entes. Interrogamos o ente e através dessa interrogação tentamos chegar ao sentido do ser. Para Heidegger perguntar sobre o ser não leva ao ser; devemos investigar o ente para chegarmos ao ser. O professor Eder disse assim: você pergunta sobre o ser, mas você ganha o sentido do ser. Isso dá um cunho de uma investigação que começa por baixo, uma procura por baixo.

7. O que significa dizer que o questionamento necessita de uma orientação prévia?Para Heidegger nós só podemos questionar aquilo que já nos está disponível. Movemo-nos no pré-“conhecimento” do ser. Então Heidegger parte desses pré-conhecimentos, desse conhecimento que temos do ser para seguir a sua investigação, ele parte então da cotidianidade mediana e assim ele consegue evitar a tradição, viciada, que poderia levá-lo a erro.Assim ele demonstra que, quando nos perguntamos sobre o ente mesa, afirmamos que “a mesa é alguma coisa”, neste ‘é’ nós estamos pressupondo uma disponibilidade do ser. Para Heidegger é um equívoco definir o ser por intermédio de uma cadeia de entes, ou seja, a mesa é um ente que veio de outro ente, o artesão, que, por sua vez, veio de um outro ente: Deus; e Deus seria o ser. Fazendo isso estamos denficando o ser, o que constitui um contra-senso.


8. Por que [...] o que está em jogo é uma compreensão, E NÃO uma definição do ser?O ser é indefinível. Com isso Heidegger concorda, mas este filósofo faz a critica no sentido que, embora seja o ser indefinível, esse ponto não nos dispensa da necessidade de perguntarmo-nos a respeito do sentido dele (§1º).
• A resposta, como disse antes, esta perfeita posto que apenas quis acrescentar uma justificativa um pouco mais minuciosa para o fato de que “embora seja o ser seja indefinível, esse ponto não nos dispensa da necessidade de perguntarmo-nos a respeito do sentido dele”: O ser é indefinível mas a questão a respeito do seu sentido permanece necessária na medida em que o uso feito da noção de ser tanto pelos filósofos quanto no cotidiano, ainda que não se tenha admitido ou tido percepção disto,fez com que tal noção se apresentasse sempre de maneira obscura. Esta critica ao obscuro uso da noção de ser que faz com que a pergunta pelo sentido o ser permaneça forçosa pode ser exposta partindo-se das seguintes citações:
• Mas essa compreensão comum demonstra apenas a incompreensão. Revela que um enigma já está sempre inserido a priori em toda ater-se e ser para o ente. Esse fato de vivermos sempre numa compreensão do ser estar, ao mesmo tempo, envolto em obscuridades demonstra a necessidade de principio de se repetir a questão sobre o sentido do ser.
• No âmbito dos conceitos fundamentais da filosofia, e até com relação ao conceito de ‘ser’ é um procedimento duvidoso recorrer à evidencia , uma vez que o ‘evidente’, isto é, ‘os juízos secretos da razão comum’(Kant), deve ser e permanecer o tema explicito da analítica (‘oficio dos filósofos)” (Heidegger,1993, p29-30)
• As duas citações feitas acima correspondem respectivamente a: critica e Heidegger ao fato e os filósofos não explorarem suficientemente a noção e ser; demonstração por parte de Heidegger a respeito do fato de que o uso do termo ser na vida cotidiana é feito sem que, no fundo se saiba o verdadeiro sentido em que se emprega tal termo.

9. Por que a questão do ser é possível? É possível porque ele pode ser elaborado.

10. Porque fala-se em primado ontológico ?O primado ontico é o fundamento do fundamento. Para HD todo o fundamento, é precedido por um fundamento anterior. É a filosofia que cria os conceitos fundamentais. Por isso é papel da filosofia identificar, compreender e discutir os conceitos fundamentais. Mas para discutir estes conceitos fundamentais é preciso se ater ao primado ôntico, que requer um conhecimento ontológico. Pois para dizer o que é uma coisa; é preciso já de certa forma ter compreensão das coisas. O que Hd chama de conhecimento hermenêutico. Essa pré-compreensão é fundamental para a filosofia que é o primado ontológico da questão do ser.

11. Qual é a tarefa da filosofia? Para HD é a ontologia que garante conhecimentos sólidos; sem o conhecimento ontológico os demais se tornam irrelevante. Por isso que à subordinação do saber cientifico ao saber ontológico. A ciência parte de um fundamento sem mesmo o conhecer. Dado que para Hd todo o fundamento é precedido por um fundamento anterior, que é o primado ontológico; que é o fundamento do fundamento. Para Hd aqui entra a tarefa da filosofia que é buscar o fundamento dos fundamentos. É a filosofia que cria os conceitos fundamentais, por isso é papel da mesma identificar, compreender e discutir os conceitos fundamentais. Mas para discutir estes conceitos fundamentais é preciso se a ter ao primado ontológico que trata de um conhecimento ontológico. Dado que para enfatizar o que é uma coisa, eu tenho que já de certa forma ter uma pré-compreensão das coisas o que Hd chama de conhecimento hermenêutico. Neste caso o primado tem o sentido de vir antes como fundamento dos fundamentos

12. Qual é a tarefa da ontologia?A ontologia é o que garante conhecimento sólido. Sem conhecimento ontológico os demais se tornam irrelevante. Por isso que a subordinação do saber cientifica ao saber ontológico.

13. Qual crítica pode ser dirigida ao conhecimento cientifico?A ciência parte de um fundamento sem mesmo o conhecer. Dado que para Hd todo o fundamento é precedido por um fundamento anterior, que é o primado ontológico; que é o fundamento do fundamento. Para HD é a ontologia que garante conhecimentos sólidos; sem o conhecimento ontológico os demais se tornam irrelevante. Por isso que à subordinação do saber cientifico ao saber ontológico

14. O que é o ontico?O ôntico se refere ao que é factual. Ou seja; a mesa é ôntica, a árvore é ôntica; as pessoas são ônticas etc. O ôntico são aquilo que existe que é concreto que pode ser visto, medido, pesado etc. Para entender e fazer uma investigação do primado ôntico só é possível apartir da concretude factual do ente. È claro que a investigação do ser exige um passo chamado “passo transcedental”. Esse ente que é investigado é um ente que existe; e existir é se colocar no jogo da existência. Por isso que o SH tem algo a mais do que os animais, pois estamos determinados a compreender, podemos não compreender, mas se quisermos podemos; pois o Dasein que investiga e que interroga e que pode entender a questão ontológica; pois ao dasein esta aberto a possibilidade ontológica.

15. Qual a diferença entre existência, existênciário e existencial?A cadeira existe, mas não tem existência. Já a existência é a forma do ser com a qual o Dasein se comporta, ou dessa ou daquela maneira. Sempre se compreende a si mesmo a partir de uma existência; o cristão se compreende por causa da sua existência dentro do cristianismo. A questão da existência só pode ser esclarecida pelo próprio existir.A compreensão existênciaria é quando se faz uma análise das estruturas ex: o mundo da natureza, do meio ambiente, acadêmico etc. Mas quando analiso o mundo a qual todas as estruturas estão dentro dele; é desta forma uma analise existencial.


16. Explique como se chega ao primado ôntico – ontológico?Para fazer a investigação do primado ôntico; só é possível a partir da concretude factual do ente. O ente que eu investigo é um ente que existe; esse existir; é se colocar em jogo de existência. Neste Caso os SH têm algo a mais do que os animais. Estamos determinados a compreender. Podemos não querer compreender, mas se quisermos podemos. Assim o ser humano é o Dasein que investiga, é ele que pode entender a questão ontológica. Pois está aberto há ele a possibilidade ontológica; já existe uma pré- determinação. Essa compreensão do ser como ser ontológico, implica que para ser tem que saber ser. Esse saber ser, busca a compreensão da pré-ontologia.
17. Primado ôntico: Determinado pela existência, ou seja, o Dasein precisa existir em fato factual para que possa a sua existência ser determinada. Pg 40.
18. Primado ontológico: É a condição de possibilidade de todas as ontologias. É preciso existir onticamente antes de existir.

19. Porque a compreensão pré-ontológica é insuficiente para se compreender o dasein? A) É insuficiente; porque a interpretação pré-ontológica do seu ser que lhe é próxima pudesse servir de fio condutor adequado, como se tal compreensão do ser tivesse de nascer de uma reflexão ontológica e temática sobre sua constituição ontológica mais própria. Neste caso o primeiro acesso a compreensão esta no modo de ser que é constituído, a pré-sença tem a tendência de compreender seu próprio ser a partir daquele ente com quem ele se relaciona e se comporta de modo essencial. E na própria pré-sença que reside à compreensão do ser, reside o que ainda de-mostramos como a repercussão ontológica da compreensão do mundo sobre a interpretação da presença. B) Onde se da esse primeiro acesso a questão ? Se da no mundo existencial.

20. . Qual a diferença entre “mundo” com aspas e mundo sem aspas? O “mundo” com aspa é um mundo o qual eu me compreendo como ser. Por exemplo, mundo acadêmico, mundo cristão, mundo ateu, mundo político etc. O mundo sem aspa diz respeito a estruturas fundamental que existe em todo e qualquer mundo.
21. Desta forma o “mundo” com aspa é o mundo existênciário. O mundo sem aspa é o mundo existencial.
22. No “mundo” com aspa, existem diferentes modos se ser.Já no mundo sem aspa existe o ser (Dasein) no mundo.O ser do Dasein é sempre no mundo existencial.


24. Como se deve alcançar e garantir a via de acesso ao Dasein?Para alcançar uma via garantida de acesso ao Dasein é preciso elaborar primeiramente as estruturas suficientes do Dasein. Essa estrutura não deve partir de idéias pré-estabelecidas; por mais acidente que seja. Pois o acesso ao Dasein é fenomenológico, é um ser que se mostra em si mesmo e por si mesmo.

25. O que são estruturas essenciais? As estruturas essenciais para Hd são aquelas que determinam em todo modo de ser do Dasein.


26. Porque a analise o Dasein é incompleta e provisória? Porque o Dasein só se realiza no mundo existencial, e pra isso e necessário o tempo, pois o dasein não pode existir sem tempo. E como dasein esta no tempo, e o tempo e o mesmo não pode ser identificado na sua essência logo a analise o dasein é incompleta e provisória.


27. Com relação a temporalidade, qual é a tarefa a ser construída?. No capitulo primeiro Hd estrutura a analítica do Dasein; e no segundo ele constrói a temporalidade para ver como esse Dasein se da no tempo. A partir disso Hd vai fazer um releitura do ser em ótica da temporalidade. Através da compreensão do tempo é que se pode mostrar que o Dasein é infinito.


28. Qual a diferença entre temporal e temporária? A temporalidade de Dasein é localizar o Dasein no tempo e espaço, que significa agora, antes, depois etc.
29. Dasein tempo ( Zeitichkeit)
30. Ser tempo ( Temporalitat)
31. Na pagina 45 “tempo” entre aspa é o tempo factual da tradição filosófica que é o (ôntico). Mas para Hd o tempo é ontológico.“Temporal” no tempo.Temporária determinação originária do tempo enquanto sentido do ser.


32. Qual a diferença entre historicidade e facticidade histórica?Temporalmente o Dasein é pensado em um ser que tem uma história. Para o Dasein já tem uma possibilidade de história que se dá no passado, presente e futuro. ““A historicidade do Dasein se dá através da “ acontencialidade do Dasein”. O dasein é literalmente um ser em que acontece que existe; é sempre acontecimento. Por ser sempre acontecimento, eu posso marcar fato.Há dois sentidos da história. Primeiro: o pessoal: que é o de “acontecialidade”, ou a estrutura de todos os acontecimentos. Se eu não pudesse acontecer na minha acontencencialidade não poderia acontecer.Segundo: E a história factual: Dado em fatos e acontecimento na história ex: revolução industrial.O Dasein ele é sempre; ele não é um fato passado. [pg. 48] Por ele ser um acontecimento; e não ser factual; ele não esta no tempo; ele é tudo isso agora; porque acontecialidade e historicidade são primeiro do que a factualidade.


33. Porque a tradição obstrui o pensar sobre o ser? O legado da tradição filosófica ao invés de ter trazido um esclarecimento ela obscureceu coma herança do esquecimento.


34. O que significa destruição para Heidegger?Destruição é um trabalho de entulhamento no sentido de ser. É desentulhar o sentido que foi dado pela tradição filosófica. Hd deseja fazer uma releitura da história da filosofia. Não se trata de demonstrar o esquecimento da tradição, mas entrar em diálogos e mostrar os seus limites e dizer que não é com ela que iremos conseguir responder a questão do ser.

35. O que quer dizer “Analítica existencial e ontologia fundamental” ?Trata-se do primado da questão do ser. Ora investigar as estruturas que seriam possíveis, a priori, a existência concreta é precisamente investigar a existencialidade da existência. Fazer a ontologia deste ente, Dasein, que se distingue por uma relação como o ser, é, portanto realizar uma analítica existencial

36. O que significa dizer que o Dasein possui o privilégio ôntico de ser, por si mesmo, ontológico? Dasein possui o privilégio ôntico de ser, por si mesmo, ontológico, pois ele é pré-ontologico. As suas estruturas são a priori, desta forma ser, no sentido existir, é permanecer engajado numa possibilidade de si mesmo