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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

LÓGICA

A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto. Por isso a lógica consiste no exame e a na análise dos métodos do pensamento a qual possui técnicas que quando aplicadas estrutura o pensamento. A lógica tem sido frequentemente definida como a ciência das leis do pensamento. Mas tal definição que embora ofereça indício sobre a natureza da lógica não é exata. Visto que o pensamento também é estudado pela psicologia. Desta forma a lógica não pode ser a ciência do pensamento por que a psicologia também é uma ciência que trata das leis mentais. Assim a lógica não e um ramo da psicologia; mas é um campo de estudo separado e distinto.

O que caracteriza a lógica é ela trata de uma ciência do raciocínio. O raciocínio é um gênero especial do pensamento no qual se realizam as inferências[1], ou se derivam as concussões a partir das premissas. O âmbito de atuação da lógica é a razão; assim a lógica é inimiga da “Doxa”[2] mas amante da “Aletéia”[3], por isso que na lógica formal não tem meio termo o que é, é; e o que não é não é ; assumindo um principio de identidade. Mas o principal objetivo da lógica é discernir se os argumentos são válidos; ou inválidos. Uma premissa para ter validade deve estar fundamentada na evidência, tal evidência é a conclusão de um argumento. A lógica procura estudar o tipo de relação que pode existir entre evidência e conclusão. Por isso á lógica pode ser definida como princípio da inferência válida, em que o conseqüente tem uma relação necessária com o antecedente.

O objetivo da lógica é ver se a proposição[4] está sustentada pela evidência; tal evidência é o que possibilita a conclusão do argumento. A conclusão de um argumento, só se dá diante da evidência, por isso um argumento por si só não tem apoio. O que comprova é o exame das evidências. Uma vez encontradas as evidências, se transformam em conclusão do argumento; pois o argumento é apresentado para justificar uma conclusão com o propósito de convencer. É importante relatar que a lógica não se interessa pelo poder de persuasão dos argumentos; pois existem argumentos corretos que não convencem; e conseqüentemente argumentos incorretos que convencem. Assim o enfoque da lógica é analisar a relação que pode existir entre evidência e conclusão. A grosso modo o argumento é uma conclusão que matem uma relação coma evidência corroboradora; por isso um argumento válido tem que ser composto de vários enunciados relacionados entre si.

Os argumentos consistem no enunciado e o enunciado na conclusão. Estes enunciados de evidência corroboradora são chamados de premissas, um argumento pode ter mais do que uma premissa, mas nunca nenhuma. Por exemplo se um argumento é composto por cinco enunciados, quatro enunciados são premissas e um enunciado e a conclusão. Quando um argumento quer fundamentar sua conclusão, deve fazer duas perguntas; 1º Qual é a veracidade das premissas? 2º Qual a relação adequada das premissas com a conclusão? Se uma das duas for negativa comprometera a conclusão. Mas para a lógica, o que é mais importante é a segunda pergunta; pois a lógica busca a relação entre premissa e conclusão. Não importando com a verdade das premissas, mas se as premissas que sustenta o argumento são corretas e podem sustentar a conclusão.

Um argumento é feito para mostrar e persuadir, demonstrar a validade de conclusão Por isso que os argumentos, conceitos, tese, doutrinas, leis, decretos etc; não é válido por si só; e nem é valido por afirmação de terceiro, mas só podem ser válidos diante da coerência da preposição e da conclusão. Toda a argumentação só se constrói na esfera pública em que prevalece o espaço de liberdade de expressão. Se não há liberdade de expressão não existe argumentação, mas sim dogmatização e a dogmatização é a morte da esfera pública e da argumentação. Assim a lógica deixa o ouvido sensível, nos tornando exigente em não suporta ouvir qualquer coisa.
[1] Deduzir, concluir: “ é o processo do pensamento que faz com que o raciocínio apareça”
[2] Conhecimento popular, em que o sujeito adquiriu por terceiro sem nenhum tipo de esforço.
[3] Conhecimento puro, em que o sujeito adquiriu através de aplicações de métodos, estudos e reflexões, com profundo desgaste intelectual.
[4] Ato ou efeito de propor, aquilo que propõe proposta, tese; afirmativa, juízo, discurso, sentença máxima, teorema, problema