Páginas

domingo, 5 de novembro de 2023

Rousseau e Kant – similaridades e diferenças

   

Cassirer descreve a influência que Rousseau teria exercido sobre Kant. Na obra Kant. Vida y Doctrina (1948) Cassirer faz uma análise dessa influência de Rousseau, sobre Kant, entre os anos de 1758 a 1762 (CASSIRER, 1948, p.108). É neste contexto que Rousseau, começa a se apresentar para Kant, como um universo de novas possibilidades […] que já se teria apresentado entusiasmo em Kant, pouco tempo antes (1762), pela leitura do Emílio[1]. Neste contexto, existem oposições e conflitos em volta de Rousseau. De um lado encontra uma crítica ácida como a crítica de Mendelssohn sobre A nova Heloísa (1781)[2], em que o mesmo considera Rousseau, um escritor secundário. Em contrapartida, Rousseau despertará grande admiração na geração de jovens intelectuais, e agitação nos círculos acadêmicos europeus. Kant, de forma não expressiva, buscará uma posição de certa neutralidade entre as duas realidades antagônicas, como afirma Beck: "Embora muito entusiasmado, a princípio com o vigor da escrita de Rousseau[3] Kant, sabe que precisa ler Rousseau, até que não me cative a beleza das expressões, e eu possa  investigá-lo usando apenas a razão (BECK, 1960, p. 28).

É visto que em Kant, a ideia de um método racionalista já era latente; e por meio de tal método, Kant parece estar disposto a ir além de Rousseau, e investigar algo mais profundo, e não revelado pelo mesmo. O intento de Kant, no decorrer do seu pensamento logrou êxito, levando a uma condição de não condicionar seu pensamento a uma forma de pensar generalizada de seu tempo. Uma época em que o espírito roussoriano permeia as mentes europeias sobre a ideia de uma moral do coração; do retorno a condição natural como a essência do homem, como defesa e justificativapara a retomada, retorno e reconquista da liberdade individual.[4] 

Kant, começa a dar indício de uma filosofia moral antes da (FMC), em que apresenta uma relação muito forte com o tema da liberdade e autonomia desenvolvido por Rousseau[5], trabalhado mais tarde na FMC e CRPr. A filosofia moral de Kant, na (FMC),  estará em diferença com  (CRP) na questão de complexidade[6]. Essa complexidade não acontece da FMC, uma vez que é visto em sua estrutura que o conhecimento ético, moral tem condição de serem aprendido, percebido pelos indivíduos até mesmo por meio “[…] de uma razão humana mais vulgar […]” (KANT, 1980, p.122/GMS, AA 04:406). Segundo Cassirer, isso é possível de ver em Kant, devido à influência de Rousseau na questão do “homem simples, natural e comum” ter a capacidade perceptível a assuntos filosóficos da moralidade. Isso teria feito Kant, distanciar-se de comportamento soberbo de inúmeras filosofias dogmáticas. Rousseau, exerceu nestas questões influência a Kant: “Rousseau me colocou no bom caminho. Essa hipotética vantagem desaparece; eu vou aprendendo a honrar os seres humanos, e me consideraria mais inútil que o trabalhador comum se não acreditasse que esse modo de pensar pode infundir em os demais um valor para instaurar os direitos da humanidade” (KANT, I., apud Cassirer, Kant, p.111-2).

No entanto, em outras questões não é assim. Rousseau no Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os homens (1762) traz uma análise em que se contrapõe à filosofia política de Hobbes na questão do homem ser produtor do estado de guerra de todos contra todos por causa da sua antropologia negativa, a qual Hobbes, a definiu como uma condição da natureza humana através da sentença: “O homem é o lobo do próprio homem”. Rousseau apresenta em sua visão de Estado de natureza e perfectibilidade do homem; um homem que ele o denomina de o “bom selvagem”, que seria portador da virtude da piedade, comportamento que segundo Rousseau trata de uma virtude universal[7].

O tratado sobre o Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os homens, apresenta uma satisfação, e defesa de Rousseau da aproximação do homem com os animais[8]. É visto que Rousseau, defende a perfectibilidade do homem; e faz uma relação positiva entre a virtude da piedade como a disposição adequada para seres tão fracos como nós. Sendo tal virtude além de universal, a mais útil entre os homens. Nesta questão Kant, não apresenta concordância. O que existe de influência de Rousseau, sobre Kant, nesta questão é a necessidade da universalidade. A virtude da piedade para Rousseau, é algo natural no homem, sendo alcançada sem a necessidade do exercício racional, ou seja; qualquer sujeito seria capaz de reconhecer em si a presença desse sentimento fundamental de piedade, a qual configura uma moral do sentimento ou do coração, em que as ações são realizadas com o coração, porque são atitudes nobres e bondosas, ou seja; é quando se considera que o que deve fazer nasce no interior.

A influência de Rousseau sobre Kant estava na necessidade da universalidade de um princípio que regula a ação do sujeito. Princípio regulatório este que, para Rousseau, seria a virtude da piedade, e sua origem uma moral do sentimento do coração. Todos estes princípios são bem-vistos por Kant, em seu início de contato com Rousseau, como já bem apresentado por Cassirer[9]. Em uma relação de pensamento com Rousseau, Kant manteria a necessidade de um princípio universal também de origem interior [“Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim”] porém, não na virtude da piedade, mais no princípio a priori: “[…] todos os princípios morais têm sua sede e origem completamente a priori na  razão, e isto tanto na razão humana mais vulgar como na razão mais  especulativa em mais ala medida […]” (GMS, AA 4: 413).

No processo de evolução e amadurecimento de seu pensamento, Kant se distanciará de qualquer princípio moral ligado a moral do sentimento para uma moral estritamente racional, como bem já disse Beck[10]. Nesta abordagem sobre a influência de Rousseau sobre Kant, e a evolução do pensamento kantiano rumo a Doutrina do Direito, nada melhor do que fazer uso de comparação entre Rousseau, e Kant, sobre questões pertinentes à discussão. No exemplo de Kant, na FMC sobre a figura de um sujeito como o pior vilão[11], que busca realizar ações de honestidade. Neste paralelo com Kant, e Rousseau, deduz inicialmente que Kant, está seguindo a mesma linha de pensamento de Rousseau. De acordo com Kant, o pior vilão não realizaria ações de acordo com a virtude da piedade pelo fato de ser impelido por razões alheias à sua, ou seja; por razões que determinam sua verdadeira vontade.

De acordo com Rousseau, o pior vilão tem a total condição de conhecer a existência da virtude da piedade como a virtude de maior valor interno em si. No entanto, quando Kant, aprofundar a discussão na FMC, será apresentado a real razão pela qual o pior vilão mesmo querendo ser honesto não consegue ter êxito. Tal posição mostrará o afastamento de Kant, de Rousseau, quando constrói o conceito de inclinação, que seria responsável por interferir, e dificultar o modo de agir; e indo contra a virtude da piedade como condição natural. Rousseau, diferente de Kant, apresenta uma espécie de dualidade dos detratores das virtudes que busca justificar a condição de fracasso de não conseguir ser virtuoso. Para Rousseau, a sociedade, o meio em que vive é a principal causa de afastar o homem de sua verdadeira natureza.

Essa discussão à luz da FMC, permite questionar que a partir do posicionamento de Kant, que Rousseau, está equivocado em relação a dualidade da natureza humana do bom selvagem versus a sociedade corrompida. Atribuindo a má conduta do homem não a sua natureza sensível, corrompida, com tendência para o mal, mas a sociedade. Logo para Kant, em sua filosofia moral racionalista, a exigência da razão não é corrigir essa inversão da condição humana, mas sim de estabelecer a relação conflituosa entre a lei moral versus a condição humana. A qual de um lado apresenta um ser racional, e do outro um ser sensível de inclinações. Kant, para explicar essa dualidade entre razão/lei moral versus sensível/inclinação, aborda o mundo sensível e o mundo inteligível, sendo este último a condição do imperativo categórico, da lei moral consequentemente respeitada pelo dever: Dever, é a necessidade de uma ação por respeito à lei" (GMS, 04: 400).

Por meio da dualidade do sujeito racional e sensível, e da dualidade de dois mundos sensível e inteligível, Kant explica a construção da moralidade no sujeito. O dever moral é, portanto, a sua própria vontade necessária enquanto membro de um mundo inteligível, e só é pensado por ele como dever na medida em que se considera no mesmo tempo membro do mundo sensível. A evolução, e distanciamento da moral kantiana da moral rousseriana, é fundamental. Pois, contribuirá para a evolução, e distanciamento da filosofia política de Rousseau. Sendo este um dos pontos importantes nesta discussão sobre a disputa pela herança política de kantiana, e a evolução e distanciamento de Kant, de Rousseau, e consequentemente dos seus ideais de social-democracia, para uma teoria política-jurídica onde Kant, que cruzará as fronteiras da teoria liberal para a teoria libertária em vários princípios de sua filosofia política-jurídica na Doutrina do Direito

Com o advento futuro da Doutrina do direito (1797), a mesma revelará  uma distinção do pensamento de Kant, por explorar uma forma de pensar jurídico-político em  relação a outros aspetos de seus escritos anteriores. O pensamento inicial de Kant, sobre a política como já visto, teve como base as discussões em torno da FMC e a influência de Rousseau. Nas abordagens sobre a gênese do pensamento de Kant, é identificado que havia um projeto de filosofia política com extensão de sua filosofia moral, muito influenciada por Rousseau. Quando Kant traz à luz a Doutrina do Direito, com o objetivo de desenvolver seu projeto político, Kant, apresentará uma filosofia política-jurídica que será bem recebida pela tradição liberal[12] de John Locke e Adam Smith. 

Por essa razão, encontra-se na filosofia política-jurídica de Kant uma tensão entre as tradições já citadas. No entanto, a leitura kantiana voltada para um viés social-democrata, igualitário, comunitarista, toma parte das discussões na atualidade. Essa leitura, afasta de maneira considerável Kant da tradição libertária. Desta forma, a teoria político-jurídica de Kant, caminha nessa linha tênue entre os direitos dos indivíduos e as reivindicações do coletivo. Isso reflete na divisão da Metafísica dos Costumes; (I) Doutrina do direito; (II) Doutrina da virtude. A primeira discutirá as relações externas entre os agentes, que estão sujeitos à autolegislação coletiva conforme determinado pelo contrato social. Enquanto a segunda se preocupa com os fins adotados pelas agentes individuais, que por serem internos não podem estar sujeitos aos decretos legislativos da sociedade civil, muito menos por um republicanismo social representado por uma vontade geral rousseriana.



[1] "Não precisaríamos recordar a conhecida anedota que nos conta como, em 1762, cativado pela leitura do Emílio quando esta obra havia acabado de aparecer, Kant quebrou pela primeira vez os seus hábitos de vida e, para grande assombro de seus vizinhos, renunciou à sua caminhada vespertina – para compreender o que a obra de Rousseau significou para Kant desde o primeiro momento. O que a doutrina de Rousseau continha de novo, do ponto de vista histórico, se manifesta com maior clareza no fato de que, a princípio, todos os padrões fixos de que aquela época dispunha eram insuficientes para compreendê-la. O efeito exercido por esse autor sobre os diferentes espíritos era completamente diverso e até oposto, conforme as características específicas de cada qual" (KANT, 2009, p. 377).

[2] Embora Rousseau tenha escrito essa obra como um romance, uma teoria filosófica sobre a autenticidade a permeia, à medida que ele explora a autonomia e a autenticidade como valores morais. Uma interpretação comum é que Rousseau valoriza a ética da autenticidade sobre os princípios morais racionais, pois ilustra o princípio de que se deve fazer o que lhe é imposto pela sociedade apenas na medida em que parece congruente com os seus princípios secretos e sentimentos, sendo constituinte da identidade central de uma pessoa. A Nova Heloísa antecipou para seus leitores alguns de seus princípios pedagógicos, que foram sintetizados sobretudo no Emílio, e provou que estava muito avançada no desenvolvimento de alguns princípios da teoria política no contrato social. 

[3] Numa época que segundo Cassirer: “[…] o próprio Kant começou a se firmar como grande pensador” (CASSIRER, 1948, p.109).

[4] Como cita Cassirer: “Se havia algo em que os contemporâneos de Rousseau concordavam, em seus juízos sobre ele, era no fato de verem nele um grande lutador contra a tirania da regra. Enquanto tal, ele era combatido por alguns com base na ‘razão’ popular e na moral burguesa, enquanto outros o exaltavam como um libertador. O retorno à '‘natureza’' parecia um retorno à liberdade da vida pessoal interior, à ausência de vínculos do sentimento e afeto subjetivos. Para Kant, porém, que vinha de uma influência newtoniana, o conceito de natureza tem, desde o princípio, um outro sentido. Ele vê nele a expressão da mais elevada objetividade - a expressão mesma da ordem e da legalidade. E é também neste sentido que ele interpreta a tendência fundamental do pensamento de Rousseau. Assim como Newton o fez com as regras objetivas dos astros e dos corpos do mundo, Rousseau investigou e estabeleceu a norma moral objetiva das inclinações e ações humanas” (CASSIRER, 1948, p.108).

[5]   Nas obras O contrato social (1755); e Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os homens (1762) Emílio (1762); e a Nova Heloísa (1761).

[6] Obra está que despertou duras críticas a comunidade acadêmica da época, comparada por Heine em sua obra Zur Geschichte der Religion und Philosophie in Deutschlan, (1936): “Kant escreve a CRP em num estilo como um papel embrulhado” (HEINE, 1996, p. 90). O que levou Kant além de escrever a segunda tradução, escrever os (P) Prolegômenos a toda metafísica futura que possa se apresentar como ciência (1783) uma espécie de orientação de como ler certos problemas da CRP.

[7] "Há, além disso, um outro princípio que Hobbes não percebeu é que, tendo sido dado ao homem para abrandar, em certas circunstâncias, a ferocidade de seu amor próprio, ou o desejo de conservar-se antes do nascimento desse amor, tempera o ardor que ele possui por seu bem-estar com uma repugnância inata em ver sofrer o seu semelhante. Não creio ter qualquer contradição a temer se atribui ao homem sua única virtude natural, aquela que mesmo o mais estridente detrator das virtudes humanas seria forçado a reconhecer. Refiro-me à piedade, disposição adequada a seres tão fracos, e sujeitos a tantos males, como somos nós; virtude tão mais universal, e tão mais útil ao homem, que precede nele o uso de qualquer reflexão; e tão natural que os próprios animais dela dão, por vezes, alguns sinais sensíveis" (ROUSSEAU, 2007, p.53).

[8] Posição essa que Voltaire criticou duramente:" Recebi, senhor, vosso novo livro contra o gênero humano; eu vou agradecê-lo. Agradáveis aos homens, a quem dizes suas verdades, mas não os corrigirás. É impossível pintar com cores mais fortes os horrores da sociedade humana, da qual nossa ignorância e fraqueza esperam tantos consolos. Jamais se empregou tanto espírito em querer tornar-nos animais; senti-me vontade de andar de quatro patas, quando se lê vossa obra. Entretanto, como faz mais de sessenta anos que perdi esse hábito, infelizmente sinto que me é impossível retomá-lo, e deixo esse andar natural aos que são mais dignos dele do que vós e eu" (VOLTAIRE, 2005, p. 245).

[9] “É neste contexto que Rousseau parece apresentar a Kant como um universo de novas possibilidades”.  (CASSIRER, 1948, p. 108).4

[10] Kant sabe que precisa ler Rousseau até que não me cative a beleza das expressões, e eu possa investigá-lo usando apenas a razão” (BECK, 1960, p. 28).

[11] “Não há ninguém, nem mesmo o pior facínora, contanto que de resto esteja habituado a usar da razão, que não deseje, quando se lhe apresentam exemplos de lealdade nas intenções, de perseverança na obediência a boas máximas, de compaixão e universal benevolência (e ainda por cima ligados a grandes sacrifícios de interesses e comodidades), que não deseje, digo, ter também esses bons sentimentos. Mas não pode realizar esse desejo apenas por causa das suas inclinações e impulsos, desejando, todavia, ao mesmo tempo libertar-se de tais tendências que a ele mesmo o oprimem. Por este meio prova ele, pois, que em pensamentos se transpõe, por uma vontade livre de impulsos da sensibilidade, a uma ordem de coisas totalmente diferente da dos seus apetites no campo da sensibilidade, pois daquele desejo não pode ele esperar nenhum prazer dos apetites e, portanto, nenhum estado satisfatório para qualquer das suas inclinações reais ou imaginárias (porque então a ideia, que lhe arranca esse desejo, perderia a sua excelência), mas tão-somente um maior valor íntimo da sua pessoa” (GMS, 04: 455).

[12] O conceito de liberal aqui está relacionado com a seguinte descrição: “O liberalismo clássico, também referido como liberalismo tradicional, liberalismo laissez-faire ou liberalismo de mercado, em que filosofia política e uma doutrina econômica cuja principal característica é a defesa da liberdade individual, com limitação do poder do Estado pelo império da lei [ou pela rule of law anglo-saxã], a igualdade de todos perante a lei, o direito de propriedade, e, em política econômica, prega a livre iniciativa. Como filosofia, emerge no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, no contexto da Revolução Industrial. Tem como fontes algumas ideias correntes no final do século XVIII sobretudo de Adam Smith, John Locke, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus, David Ricardo, Voltaire e Montesquieu, destacando-se a crença no livre mercado, no jusnaturalismo, no utilitarismo. Assim sendo, é a fusão do liberalismo econômico com liberalismo político do final do século XVIII e início do século XIX. O núcleo normativo do liberalismo clássico é a ideia de que a livre iniciativa conseguiria criar uma ordem espontânea, ou seja, apesar da inexistência de uma entidade coordenadora do interesse comum (como formas de governos ou estados), a interação dos indivíduos obedeceria a uma determinada ordem, espontânea orientando o indivíduo, a economia e beneficiando a sociedade.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO I CAPÍTULO

 KANT, I. (FMC): Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo, Abril Cultural, 1980.

___________Metafísica dos Costumes. Trad. Célia Aparecida Martins/ Bruno Nadai; Diego Kosbiau e Monique Hulshof; Petrópolis: Vozes, 2013.

___________A Paz Perpétua. Trad: Artur Mourão. Texto Clássicos de filosofia.

CASSIRER, E. Kant. Vida y Doctrina. México: Fondo de Cultura Economica, 1948.

VELKLEY. R, L.  Freedom and the end of reason:on the moral foundation of kant’s critical philosophy. Chicago. Ed. University of Chicago Press; First edição.  1989.

ROUSSEAU, J,J. Discourse on the Origins and Foundations of Inequality. Trans. Maurice Cornforth. Harmondsworth: Penguin, 1984.

__________The Social Contract. Trans. Maurice Cranston. Harmondworth: Penguin, 1983.

__________The Social Contract and Discourses . Ed. G. D. H. Cole. London: ,1973.

___________The Discourse on the Arts and Sciences; The Social Contract and Discourses.  London, 1973.

___________Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. São Paulo: Escala, 2007.

___________Ensaio sobre a origem da desigualdade. Trad: Lurdes S. Machado. São Paulo. Ed. Abrisl, 1978.

____________Da Economia Política. In: OBRAS de Jean Jacques Rousseau (Obras Políticas), vol. I., Rio de Janeiro; Porto Alegre; São Paulo: Editora Globo, 1958.