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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

OS INIMIGOS DA LIBERDADE


Note-se que o que contesto não é o direito de inventarem combinações sociais, de propagá-las, de aconselhá-las e de experimentá-las neles mesmos, por sua própria conta e risco.O que discuto é o direito de nos imporem tudo isso por meio da LEI, ou seja, da força, obrigando-nos a pagar isso com nossos impostos. Eu não peço que os sustentadores dessas várias escolas sociais de pensamento: marxismo, comunismo, socialismo, sócio-democráticos, protecionistas renunciem a suas idéias particulares.  Peço somente que renunciem à ideia que têm em comum de nos submeter pela força a seus grupos e séries, a seus projetos socializados, a seus livres créditos bancários, a seu conceito de moral greco-romana e suas regras comerciais.  Eu só peço que nos seja permitido decidir sobre esses planos por nós mesmos; que não sejamos forçados a aceitá-los, direta ou indiretamente, se julgarmos que ferem nossos interesses ou repugnam nossa consciência. Mas estes organizadores/legisladores desejam ter acesso aos impostos e ao poder da lei, a fim de levar a cabo seus planos.  Além de ser opressor e injusto este objetivo implica a suposição fatal de que o organizador é infalível e o resto da humanidade incompetente.  Porém, se as pessoas são incompetentes para julgar a si próprias, então por que todas estas considerações sobre o sufrágio universal?   


BASTIAT, Frédéric. A lei. Tradução: Ronaldo Da Silva. Instituto Vom Mises. São Paulo,2010. (pg. 49-50)