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terça-feira, 19 de abril de 2016

SOBRE A CRISE POLÍTICA, ÉTICA, ECONÔMICA NO BRASIL E O IMPTTHAMAM

A sociedade brasileira vive um momento de crise política e econômica, o que não é novidades para os informados. Problemas de corrupção que denuncia a condição de uma falta de ética, desestruturação na economia, e uma instabilidade civil. Quando se fala em corrupção na atualidade da sociedade brasileira é inevitável não lembrar no escândalo da Petrobrás, o maior ato de corrupção envolvendo uma empresa estatal. Compreende-se, que tal ato de corrupção não teve apenas a participação do atual governo, mas teve também a participação de governos anteriores. Mas a questão é fato, uma hora, fazendo uso do provérbio popular a “A casa tinha que caiar”. Todo gasto de um governo produzido por má administração ou por corrupção, desestabiliza a economia e conseqüentemente afeta o bolso do contribuinte: “Quando alguém gasta demais deverá pagar por si. Quando o Estado gasta demais ele manda a conta para o contribuinte”. No entanto, a minha razão não me permite acreditar que tudo que aconteceu com o atual governo, é perseguição partidária ou golpe. Concordo que vários indivíduos não têm qualificações para estar à frente de um processo de impeachment, mas acredito que a hora deles também vai chegar. Mas garanto que se a situação fosse oposta o governo que sofreu impeachment faria o mesmo com os outros. O jogo nefasto da política anti-filosófica, só sobrevive com coligação, acordos, troca de favores, etc. Por isso, quando a merda explode respinga em todos.
No caso das pedalas ficais, do que isso realmente trata? As pedaladas fiscais foi o nome dado à prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS. O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais. Ao deixar de transferir o dinheiro, o governo apresentava todos os meses despesas menores do que elas deveriam ser na prática e, assim, ludibriava o mercado financeiro e especialistas em contas públicas. As "pedaladas" foram reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo e Broadcast, o serviço de tempo real da Agência Estado, no primeiro semestre de 2014, mas já tinham começado a ocorrer desde 2013. Agora, em 2015, a nova equipe econômica admite que as "pedaladas" existiram e que elas começaram a ser corrigidas. No entanto, a discussão deixou o campo econômico e foi para o campo político e judicial, nos quais as pedaladas são vistas como um crime de responsabilidade fiscal. A crítica do governo deposto e dos partidaristas é que outros governos/presidentes também realizaram as pedaladas fiscais e não foram julgados, não foram julgados, mas não deixa de ser crime, uma coisa não justifica a outra. E seria muita inocência o governo deposto pelo impeachment achar que poderia fazer o mesmo, cercado de oposição, e não ser vitimado por nada. Quando a política é suja, altos cargos e postos são alcançando expondo os erros dos outros, como o partido que sofreu  impeachment  irá fazer.   
Tal estado de corrupção de nossa política e economia brasileira, independentemente de sua causa partidária, expressa e denuncia uma crise ética. A ética está ligada a justiça, visto que a corrupção nada mais é do que uma ação de injustiça, pois a ação de corrupção é uma apropriação daquilo que não é seu, usurpando daquele que tem direito. A ética preserva esses direito, pois uma ação ética como deve ser, sempre visa além de mim, pois o outro também é a conseqüência de minha ação. Arrumar um culpado para qualquer situação que se julga desvantajoso é a ordem natural da ação humana, desde que este se inclua no processo. Desta forma, o que se vê , é uma construção de uma divisão civil. Em que os partidários da cor vermelha, acusam os partidários da cores verdes e amarelos de golpe, e os verdes amarelos acusam e responsabilizam o vermelho da atual situação do país por inúmeros fatores. Compreende-se que o Brasil não é vermelho, e também não e é verde amarelo. Não é vermelho por causa de uma bandeira partidária ou por causa do sangue que correm nas veias, não é verde e amarelo por causa da cor de nossa bandeira. O Brasil deve ser o Brasil unido, o Brasil unificado. Portanto, a atual condição do Brasil é dramática, um Brasil dividido, onde viver ficou mais difícil, desemprego, carga tributária, crise política e crise econômica e instabilidade civil. Sem contar no processo de impeachment, que não julgo como totalmente inválido, mas identifico elementos emblemáticos.
No entanto, não sou partidário a nenhum partido. Não uso vermelho, mas também não uso verde e amarelo. Não sou Dilma, mas também não sou Temer ou Cunha, não sou PT e também não sou PSDB ou PMDB ou qualquer “P”, seja este “P” de partido ou esse “P” de qualquer outra coisa. Mas, sou Aristotélico. O filósofo Aristóteles em seu tratado político “A política” enfatizou, que o bom governo não está no sistema político, neste caso em partidos. Aristóteles apresenta três formas de governo: (1) Monarquia: poder centrado em uma pessoa física. (2) Aristocracia: poder onde o Estado é governado por um pequeno grupo de pessoas físicas. (3) Democracia ou Politéia: governo de uma maioria. Essas três formas eram consideradas puras, perfeitas ou normais, por Aristóteles, porque visam o bem de uma coletividade; entretanto, a Democracia, em particular, era tida por ele como a melhor forma de governo, uma vez que a população possui uma participação mais ativa. Em oposição às formas pura de governo, temos as formas impuras, corruptas ou imperfeitas, por serem distorções das formas perfeitas, já que seu objetivo é primeiramente os interesses dos governantes em detrimento dos anseios de todos os demais. Por isso, estas formas de governo pode ser degenerada. Tirania: forma distorcida de Monarquia. Oligarquia: forma impura de Aristocracia. Demagogia ou Olocracia: que é a corrupção Democracia. Ou seja, não é partido que governa um país, mas a integridade dos homens que estão dentro de um partido.

“Não é o povo que teme seu governo. Mas o governo que teme seu povo” Jean Jaques Rousseau