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terça-feira, 15 de novembro de 2016

A MENTALIDADE ANTICAPITALISTA E A TEORIA DA EXPLORAÇÃO


"Uma coisa que a ideologia socialista faz bem feito é introduzir na mente dos indivíduos o “ódio pelo capitalismo” [LUDWING, V. Mises. A mentalidade anticapitalista. São Paulo, 2010, pg. 08] por meio de suas argumentações falaciosas, as quais já foram desconstruídas a mais de cem anos na obra: “Teoria da exploração do socialismo” de Eugem Von Bohn Bawerk. Através do discurso falacioso do socialismo o liberalismo econômico/capitalismo/Laisses-faire é acusado de não pensar no trabalhador. ( Deve ficar claro aqui que estamos falando de capitalismo de mercado e não capitalismo de estado). Essa acusação, é resultado da doutrinação anticapitalista a qual foi embutida na mente do indivíduo por enunciados falaciosos que sem o estado intervencionista, neste caso mais precisamente o estado socialista ou semi socialista [Social - democracia] o indivíduo não consegue viver. Nesta mentalidade anticapitalista o estado é o que garante o bem estar social do indivíduo, fazendo-o ser depende do estado.   
      Como a ideologia socialista faz isso?: “Segundo os socialistas, há, na verdade, pessoas afortunadas, a quem os céus concederam o privilégio de possuírem exatamente tendências opostas, para benefício deles e do resto do mundo. São eles os governantes e os legisladores. Enquanto a humanidade tende para o mal, eles, os privilegiados, tendem para o bem. Enquanto a humanidade caminha para as trevas, eles aspiram à luz; enquanto a humanidade é levada para o vício, eles  são atraídos para a virtude.  E desde que tenham decidido que este  deve ser o verdadeiro estado das coisas, então exigem o uso da força  a fim de poderem substituir as tendências da raça humana por suas  próprias tendências” [BASTIAT, Frédéric. A lei. São Paulo. 2010. pg. 30]. Em outras palavras, na ideologia socialista ou semi socialistas, indivíduos superiores quebram as pernas dos indivíduos inferiores para dar muleta ao mesmo, e assim, dizer que sem o estado o indivíduo não poderia andar, fazendo os indivíduos dependentes de suas leis espoliadoras, de seus programas assistencialistas, paternalista, e de suas pseudo-s leis de proteção ao trabalhador. A crítica do socialismo, diz que os direitos dos trabalhadores são destruídos pelo capitalismo.
No entanto, no liberalismo econômico/capitalista-Laisses-faire[1](LEC-LF) o foco da economia não é criar uma economia estatal, intervencionista, centralizadora, paternalista, assistencialista que faz o indivíduo ser dependente do estado. No (LEC-LF) busca em primeiro lugar o não intervencionismo estatal, o quanto muito apenas uma pequena intervenção denominada de estado mínimo, busca-se a valorização do individualismo, lei de mercado, liberdade, iniciativa privada, e a propriedade privada, proporcionando ao indivíduo as condições necessárias para que ele desenvolva todas as suas capacidades, pois o mesmo tem condição para isso, pois: “Todos os homens são iguais” John Locke.  
A diferença entre os homens é resultado do mérito e do esforço pessoal de cada indivíduo. Portanto, percebe-se que no (LEC-LF), possui uma visão meritocrática e individualista da sociedade. Vamos entender o que significa meritocracia. Aquele indivíduo que desenvolveu os seus talentos pessoais, aperfeiçoando-os continuamente pelo estudo e pelo trabalho, com consistência e comprometimento, um dia após o outro, sem perder a disciplina mesmo em meio às dificuldades, é merecedor de uma melhor condição na sociedade, pois isso foi conquistado com seu próprio mérito, com seu próprio esforço, individualmente. E para que isso aconteça, o indivíduo necessita das condições necessárias, condições estas que o socialismo ou semi socialismo usurpa, mas que no (LEC-LF) são entregue ao indivíduo.
Por esta razão, em uma sociedade de (LEC-LF) os indivíduos tende a alcançar os resultados dos seus esforços por meio da meritocracia, pois (LEC-LF) já cumpriu sua parte, dando a este mesmo indivíduo as condições necessárias para o êxito. Portanto, ele sabe que tudo depende do seu esforço e empenho, por isso, não fica a esperar que o estado seja paternalista e assistencialista, ação típica da mentalidade anticapitalista produzida pelo socialismo. O (LEC-LF) tende a colocar no bolso do indivíduo dinheiro, tende a proporcionar ao indivíduo uma posição econômica que o indivíduo almejou para si, não com os esforços de outros, mas com os seus próprios esforços. Quando isso acontece; quando maior for o número de indivíduos que se tornam independentes economicamente, menos precisará do estado.
 E quanto mais os indivíduos alcançar sua independência econômica, menor será a atuação do estado, o que implica em menos paternalismo, menos assistencialismo, menos leis, menos imposto, e menos sangue sugas no poder sugando o sangue de quem realmente trabalha e produz. O (LEC-LF) busca proporcionar ao trabalhador alcançar os resultados satisfatórios do seu trabalho. Se isso não fosse verdade, não teríamos 2,5 milhões de brasileiros que vivem hoje fora do país em sociedades de liberalismo econômico/capitalista buscando uma vida melhor que estes países oferecem. Desta forma, pergunto: Como que o liberalismo econômico/capitalista não pensa no trabalhador? 

DICAS DE LEITURAS:

LUDWING, V. Mises. A mentalidade anticapitalista. São Paulo, 2010.
BASTIAT, Frédéric. A lei. São Paulo. 2010
BOHN BAWERK, Eugem Von. A teoria de exploração do socialismo-comunismo. São Paulo, 2010.
HOPPE, Hans Hermann. Uma Teoria do socialismo e do capitalismo, São Paulo, 2013






[1] Laissez-faire é hoje expressão-símbolo do liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade.[1] Esta filosofia tornou-se dominante nos Estados Unidos e nos países da Europa durante o final do século XIX até o início do século XX. É parte da expressão em língua francesa "laissez faire, laissez aller, laissez passer", que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar"