"Uma coisa que a ideologia socialista faz bem feito é introduzir na mente dos indivíduos o “ódio pelo capitalismo” [LUDWING, V. Mises. A mentalidade anticapitalista. São Paulo, 2010, pg. 08] por meio de suas argumentações falaciosas, as quais já foram desconstruídas a mais de cem anos na obra: “Teoria da exploração do socialismo” de Eugem Von Bohn Bawerk. Através do discurso falacioso do socialismo o liberalismo econômico/capitalismo/Laisses-faire é acusado de não pensar no trabalhador. ( Deve ficar claro aqui que estamos falando de capitalismo de mercado e não capitalismo de estado). Essa acusação, é resultado da doutrinação anticapitalista a qual foi embutida na mente do indivíduo por enunciados falaciosos que sem o estado intervencionista, neste caso mais precisamente o estado socialista ou semi socialista [Social - democracia] o indivíduo não consegue viver. Nesta mentalidade anticapitalista o estado é o que garante o bem estar social do indivíduo, fazendo-o ser depende do estado.
Como a ideologia socialista faz isso?: “Segundo os socialistas, há, na verdade,
pessoas afortunadas, a quem os céus concederam o privilégio de possuírem
exatamente tendências opostas, para benefício deles e do resto do mundo. São
eles os governantes e os legisladores. Enquanto a humanidade tende para o mal,
eles, os privilegiados, tendem para o bem. Enquanto a humanidade caminha para
as trevas, eles aspiram à luz; enquanto a humanidade é levada para o vício,
eles são atraídos para a virtude. E desde que tenham decidido que este deve ser o verdadeiro estado das coisas,
então exigem o uso da força a fim de
poderem substituir as tendências da raça humana por suas próprias tendências” [BASTIAT, Frédéric.
A lei. São Paulo. 2010. pg. 30]. Em outras palavras, na ideologia socialista ou
semi socialistas, indivíduos superiores quebram as pernas dos indivíduos
inferiores para dar muleta ao mesmo, e assim, dizer que sem o estado o indivíduo
não poderia andar, fazendo os indivíduos dependentes de suas leis espoliadoras,
de seus programas assistencialistas, paternalista, e de suas pseudo-s leis de
proteção ao trabalhador. A crítica do socialismo, diz que os direitos dos
trabalhadores são destruídos pelo capitalismo.
No entanto,
no liberalismo econômico/capitalista-Laisses-faire[1](LEC-LF) o
foco da economia não é criar uma economia estatal, intervencionista, centralizadora,
paternalista, assistencialista que faz o indivíduo ser dependente do estado. No
(LEC-LF) busca em primeiro lugar o não intervencionismo estatal, o quanto muito
apenas uma pequena intervenção denominada de estado mínimo, busca-se a valorização
do individualismo, lei de mercado, liberdade, iniciativa privada, e a
propriedade privada, proporcionando ao indivíduo as condições necessárias para
que ele desenvolva todas as suas capacidades, pois o mesmo tem condição para
isso, pois: “Todos os homens são iguais” John Locke.
A diferença entre os homens é resultado do mérito e do esforço pessoal
de cada indivíduo. Portanto, percebe-se que no (LEC-LF), possui uma visão
meritocrática e individualista da sociedade. Vamos entender o que significa meritocracia. Aquele indivíduo que
desenvolveu os seus talentos pessoais, aperfeiçoando-os continuamente pelo
estudo e pelo trabalho, com consistência e comprometimento, um dia após o
outro, sem perder a disciplina mesmo em meio às dificuldades, é merecedor de
uma melhor condição na sociedade, pois isso foi conquistado com seu próprio
mérito, com seu próprio esforço, individualmente. E para que isso aconteça, o
indivíduo necessita das condições necessárias, condições estas que o socialismo
ou semi socialismo usurpa, mas que no (LEC-LF) são entregue ao
indivíduo.
Por esta
razão, em uma sociedade de (LEC-LF) os
indivíduos tende a alcançar os resultados dos seus esforços por meio da
meritocracia, pois (LEC-LF) já cumpriu
sua parte, dando a este mesmo indivíduo as condições necessárias para o êxito.
Portanto, ele sabe que tudo depende do seu esforço e empenho, por isso, não
fica a esperar que o estado seja paternalista e assistencialista, ação típica
da mentalidade anticapitalista produzida pelo socialismo. O (LEC-LF) tende a colocar no bolso do indivíduo
dinheiro, tende a proporcionar ao indivíduo uma posição econômica que o
indivíduo almejou para si, não com os esforços de outros, mas com os seus
próprios esforços. Quando isso acontece; quando maior for o número de indivíduos
que se tornam independentes economicamente, menos precisará do estado.
E quanto mais os indivíduos alcançar sua independência
econômica, menor será a atuação do estado, o que implica em menos paternalismo,
menos assistencialismo, menos leis, menos imposto, e menos sangue sugas no
poder sugando o sangue de quem realmente trabalha e produz. O (LEC-LF) busca proporcionar ao trabalhador alcançar
os resultados satisfatórios do seu trabalho. Se isso não fosse verdade, não
teríamos 2,5 milhões de brasileiros que vivem
hoje fora do país em sociedades de liberalismo econômico/capitalista
buscando uma vida melhor que estes países oferecem. Desta forma, pergunto: Como
que o liberalismo econômico/capitalista não pensa no trabalhador?
LUDWING, V. Mises. A mentalidade anticapitalista. São
Paulo, 2010.
BASTIAT, Frédéric. A lei. São Paulo. 2010
BOHN BAWERK, Eugem Von. A teoria de exploração do
socialismo-comunismo. São Paulo, 2010.
HOPPE, Hans Hermann. Uma Teoria do socialismo e do capitalismo,
São Paulo, 2013
[1] Laissez-faire é
hoje expressão-símbolo do liberalismo
econômico, na versão mais pura de capitalismo de
que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, apenas
com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade.[1] Esta filosofia tornou-se dominante
nos Estados Unidos e
nos países da Europa durante o final do século XIX até
o início do século XX. É
parte da expressão em língua francesa "laissez faire, laissez aller,
laissez passer", que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir,
deixai passar"