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sábado, 2 de julho de 2016

ARGUMENTOS DA PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS



Argumento Cosmológico

O primeiro argumento é o argumento cosmológico, que se baseia em constatações empíricas da existência do universo. Isto é, tentam explicar os efeitos com causas, e essas causas não surgem sem que outra causa o originasse. Mas com isto tudo precisamos de uma causa, a primeira e maior causa: Deus. Então se a primeira causa do argumento cosmológico é Deus, então Deus existe. A este argumento opõem-se outro, dizendo que este se auto-contradiz. Então o primeiro argumento cosmológico diz que não há causa que não tenha sido causada, mas ao mesmo tempo transmite a ideia que a causa pode não ter sido causada. Logo põem em causa a existência de Deus. O segundo argumento critico diz que não pode haver uma regressão infinita no encadeamento das causas. Concretamente esta crítica quer dizer que não pode ser apresentada nenhuma evidência empírica que a comprove. A terceira critica á referente à sua origem e às suas qualidades e características. Se esse Deus perfeito existe, se é omnisciente e sumamente bom, então porque há o mal no mundo? É também outro facto que contesta a existência de Deus.

 Argumento Teológico

Tal como o argumento cosmológico, o argumento teleológico também pretende provar a existência de Deus a partir do mundo. Há então, dois aspectos importantes que distinguem estes dois argumentos no geral. O primeiro, é que o argumento cosmológico é um argumento dedutivo, ao passo que o argumento teleológico é um argumento não dedutivo. Isto significa que, mesmo que o argumento teleologista seja um argumento não dedutivamente forte, não prova definitivamente a existência de Deus de mostrar a elevada probabilidade da sua existência a partir do mundo, o argumento cosmológico parte de certos factos considerados evidentes (como por exemplo a existência de causas) para concluir que Deus tem forçosamente de existir, ao passo que o argumento teleológico se baseia na “comparação” do mundo com outras coisas que exibem teleologismo, para concluir que, tal como essas coisas têm um autor, então o mundo também tem um autor.
A complexidade, a ordem, e a finalidade estão presentes em todas os seres e fenómenos naturais, provam que eles tiveram de ser concebidos por um criador inteligente: Deus. Ao argumento teleológico, é feita uma critica por William Paley. Esta crítica compara dois objectos de natureza diferente. Vamos supor que ao atravessar um bosque encontramos uma pedra, e nos interrogarmos acerca da sua origem. Sabemos explica-la com causas geológicas e movimentos da crosta terrestre. Mas se em vez de encontrarmos uma pedra, encontrarmos um relógio. Então para justificar a sua origem, não poderíamos recorrer a fenómenos naturais, mas sim a algo muito complexo. A questão é que seria um absurdo justificar a origem do relógio (um objecto de alta complexidade, e com funções altamente organizadas) com fenómenos naturais. Chama-se, também à atenção para indícios de teleologismo nos organismos e órgãos naturais, em particular no olho humano. Estas entidades naturais revelam um nível de organização, e de complexidade ainda maior que o relógio, então a sua existência deve-se a um ser inteligente: Deus.
Outro argumento que critica um pouco o argumento teleológico, é o de Darwin. Embora Darwin não estivesse particularmente interessado no argumento teleológico ou na existência de Deus, mas sim interessado no grande mistério dos mistérios: a origem dos seres vivos. Até o aparecimento de Darwin, a teoria aceite para justificar e explicar a diversidade dos seres vivos era a teoria da criação especial divina. Basicamente, esta teoria diz que Deus tinha criado os seres vivos tal como existem actualmente. No entanto as descobertas geológicas e biológicas da época, foram causando insatisfação, porque mesmo antes de Darwin, existiu quem defendesse que as espécies não são fixas mas que evoluem. Um dos primeiros homens a defender a evolução das espécies foi o próprio avô de Darwin, Erasmus Darwin. Ele pensava que as espécies actualmente existentes nem sempre tinham existido e que outras existentes no passado tinham entretanto deixado de existir e para explicar a mudança propôs uma teoria idêntica à de Jean-Bastiste de Lemarck. De acordo com essa teoria, os seres vivos adquirem durante a vida adquirem certas características que depois transmitem aos descendentes. Conclusivamente, Darwin mostrou que a adaptação dos seres vivos ao meio depende da selecção natural e da sobrevivência dos mais aptos, os quais irão transmitir essas características às gerações seguintes. A última crítica ao argumento teleológico põe em causa que Deus seja omnisciente e sumamente bom, porque contraria a ideia de existência do mal no mundo, sendo que aparentemente, Deus nada faz para o impedir. Então a questão do mal, será para sempre um obstáculo à crença na existência de Deus.

 Argumento Ontológico

 Argumento ontológico: ao contrario dos argumentos anteriores, o argumento ontológico tenta demonstrar a existência de Deus, sem o recurso da experiencia. Segundo este argumento, a existência de Deus pode ser provocada com base apenas na definição Deus. Então Santo Alselmo argumentou, escrevendo, que Deus é como “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”. É importante perceber bem o significado da palavra “maior” nesta definição. Santo Anselmo não está q querer dizer que Deus é a maior coisa que existe. “Maior” aqui não tem o significado me tamanho, mas sim de maior valor ou em maior perfeição. Assim ao dizer-se que Deus é “alguma coisa maior do que a qual nada se pode pensar”, Santo Anselmo está a querer dizer que Deus é “alguma coisa com maior valor que se pode pensar”. Esta é uma definição muito geral de Deus. Podemos assim no entanto assumir que é outra forma de expressar a definição teísta de Deus. Então tudo o que o Santo Anselmo precisa para o seu argumento é desta definição geral, que afirma que quaisquer que sejam os atributos de Deus, ele tem-nos na maioria.